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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Madeixas

Que textura tem a pele que suas madeixas curtas quase escondem,
E que brilho teriam os seus olhos agora?

E foi pensando assim que eu a vi desaparecer naquele ônibus
Tarde naquele domingo, indo pra outro canto da cidade.
Só a vi, de longe, troquei um olhar ao passar por ela,
Mas a sua postura curvada, a atitude introspectiva me prenderam,
E ao desaparecer, passou a viver em mim
E minha imaginação a desejou lânguida, enquanto eu acariciava seus
cabelos
Deitada no meu ombro e eu a imaginar todo o resto...

Dormi, com esse sonho...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Das explosões que nos iluminam...

Uma vez ouvi uma lenda que na virada do ano é o momento mais proprício para a conjuração de espíritos e a efetivação de feitiços, pelo nível elevadíssimo de energia concetrada por uma mesma causa, um mesmo motivo, e com o mesmo intuito.
Eu sempre tive essa sina, uma vez que meu aniversário é o auge da mágica, sendo o primeiro dia mágico do ano. Nunca conheci Inferno Astral: fim de ano as coisas que eram pra ter acontecido acabam acontecendo com uma graciosidade, precisão e força incríveis.

Nunca senti isso tão forte quanto nessas 3 últimas semanas.

E não sei se vou conseguir me manter com essa carapaça de firme e não me deixar emocionar, derreter, desmoronar...



Enquanto isso, fico ali, no escuro do meu quartinho abafado, sendo iluminada pelas luzes bruxuleantes e indecisas que a .Intense. me deu...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Manchinha na toalha branca

No auge da minha revolta adolescente-sem-causa, meu pai me achava uma manchinha na toalha branca. Por mais impecável que fosse a toalha, aquela manchinha iria sempre macular a imagem de pureza e perfeição. E essa era eu.
Isso definitivamente não surtiu o efeito esperado: jamais me envergonhei de ser a diferente, a "pra frente", inusitada. Nunca mexi com drogas, apesar das nóias e das viagens, perdi a virgindade com 17 (com um virgem de 17) mesmo tendo o sexo como a coisa mais natural do mundo. Falei tudo o que pensava, e garanto que as grandes mentes que ouviram jamais recusaram minha companhia, mesmo depois de palavras doloridas, mas sempre sinceras e espontâneas.

Cresci aprendendo que aquela mísera e incômoda manchinha na toalha branca podia ser uma obra de arte: um toque de tinta mágica no papel, que justamente ao incomodar o sedentarismo mental de quem me nota passa a criar um movimento mágico, sutil, renovador...

Terceiro dia de trampo novo, e o vôo sinuoso dessa borboleta já se faz notar, cativando o jardim que pousa...

domingo, 7 de dezembro de 2008

O bater de asas de uma borboleta...

Quando criança, jurava que tinha alguém la em cima que me amava de verdade, que tinha apontdo o dedinho pra mim e dito "Vai e arrasa!"
Última semana as leves batidas das asas dessa borboleta causaram um tufão do outro lado do (meu) mundo, de uma forma tá avassaladora que sequer consegui falar com minha irmã, mal arrumei a casa e muito menos tive cabeça pra olhar pro espelho e pensar em mim.

Mas já tenho me acostumado: a teoria do caos tem sido minha maior aliada em termos de revoluções da alma, e alguma coisa me dá a impressão que Murphy tem me feito visitinhas periódicas...

Volto, com vôos mais libertos, mais breve do que um suspiro. Só o tempo de mudar de ares...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Murphy é meu amigo

E é mesmo...



Aquela máxima de que "o bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do mundo" era justamente o intuito desse blog. Não, tô caçando briga com ninguém, apenas almejando uma revolução interna e por uns outros cantos aí.



Esses anos de faculdade, numa cidade que nunca amei e com um povinho que ainda não achei sentido na existência deles (ok, tem q ter uns pancadas pra trabalhar pra quem é inteligente... eita pretenção, hein!!!) acabaram me dando uma oportunidade excelente de me sobresair, e com menos esforço, mas jamais menos dedicação.



Quando criança brincava que meu auge profissional seria ser "leiloada" por emrpesas que eu quisesse trabalhar, ams que principalmente quisessem muuuuito que eu trabalhasse pra eles. E heis que o leve bater de asas dentro da faculdade, nos estágios, e nas empresas que prestei consultoria resultaram num tufão mais forte e mais avassalador que eu poderia sonhar até meus 30 anos: à beira dos 23, com a colação de grau pra acontecer ainda, convites irrecusáveis pra outra cidade (que só de passagem eu amo de montão) e ainda a maior rasgação de seda na diretoria da faculdade pela aluna "mais complexa de se definir, mas irrefutavelmente mais brilhante".



Eita, tô me vendo ter que redefinir o blog agora mesmo, e acabar fazendo desse canal

domingo, 30 de novembro de 2008

Oi? Ahn?

Pois é. Heis que semrpe existi de uma forma ou de outra.
A blogsfera já vem sendo meu refúgio desde a época dos caderninhos de pergunta e das anotações em diários feitas a luz verde daqueles celulares, onde se manchar o papel com letras e lágrimas sem reprimendas. Minha amada Intense me fez retomar essa paixão, e compartilhamos a delícia de se mostrar sem se expor, inteira e silente.

Caprica de raça, e raça forta, mineirinha em estado e graça (mais graça do que estado, ainda instável), recém formada e com um mundo inteiro pela frente, e uma crisálida mais que confrotável sendo deixada pra trás.

Dizem que uma borboleta sofre pra sair do casulo, mas é necessário que sofra com a dor do esforço de abandonar seu aconchegante sono pra que as asas tenham força pra bater. E aí param minhas semelhanças com esse inseto graciosamente alado: borboletas vivem pra se alimentar e aguardar a cópula, e depois de botar os ovos morrem. Já tive minha fase de lagarta, e passei a faculdade inteira numa introspecção que me descaracterizaram inteiramente daquela que vejo nas fotografias da casa dos meus pais.

E é nessa dor de abandonar o casulo e abrir as asas que me apresento: Cris Veloso, uma crisálida velada, blogueira de anos a fio, recém-adulta , anônima e de sorriso escancarado, com um mundo inteiro pra agraciar com o bater dessas asas...