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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Manchinha na toalha branca

No auge da minha revolta adolescente-sem-causa, meu pai me achava uma manchinha na toalha branca. Por mais impecável que fosse a toalha, aquela manchinha iria sempre macular a imagem de pureza e perfeição. E essa era eu.
Isso definitivamente não surtiu o efeito esperado: jamais me envergonhei de ser a diferente, a "pra frente", inusitada. Nunca mexi com drogas, apesar das nóias e das viagens, perdi a virgindade com 17 (com um virgem de 17) mesmo tendo o sexo como a coisa mais natural do mundo. Falei tudo o que pensava, e garanto que as grandes mentes que ouviram jamais recusaram minha companhia, mesmo depois de palavras doloridas, mas sempre sinceras e espontâneas.

Cresci aprendendo que aquela mísera e incômoda manchinha na toalha branca podia ser uma obra de arte: um toque de tinta mágica no papel, que justamente ao incomodar o sedentarismo mental de quem me nota passa a criar um movimento mágico, sutil, renovador...

Terceiro dia de trampo novo, e o vôo sinuoso dessa borboleta já se faz notar, cativando o jardim que pousa...

1 comentários:

.Intense. disse...

Mas é que vc se assemelha mto a isso mesmo. Sempre o comentário destoante, sempre a voz na hora que era pra estar todo mundo quieto (aulas de inglês.on)...e quem disse que isso é uma coisa ruim? vc é a manchinha no papel, na toalha, e agora na tela do pc, que mais faz diferença (pra melhor)nos meus dias.

depois me fala como ficou o abajur...e me conta tb pra onde vc foi depois da minha banca, que não te vi mais e esqueci de perguntar.

oO

bju!